O Dragon Age: Inquisition é a última parte da trilogia de RPG de fantasia heroica da Bioware. Será esta nova obra capaz de reacender a chama da saga? Vamos ver o que a nova edição tem preparado para os fãs.
Exaltado por muitos colegas, eu ouvi boas coisas sobre o Dragon Age: Origins, o primeiro capítulo da série. Um enredo bom, escolhas realmente impactantes e uma tática revigorante… O mais novo título da Bioware tem tudo do antigo.
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Mas contra todas as probabilidades, o Dragon Age II foi um fracasso e por isso um certo ceticismo atravessou as portas da sessão de teste organizada pela EA durante o Gamescom 2014.
A missão que eu pude jogar era baseada nos combates e é sobre este ponto do jogo que eu foquei a minha atenção durante o tempo de jogo. Eu vou contar agora o que eu achei do Dragon Age: Inquisition.
Sutil
Uma das coisas que eu sempre gostei do Dragon Age é a sua mistura inteligente de jogo de ação em terceira pessoa e RPG tático com visão isométrica. Por sorte, este coquetel está de volta em Dragon Age: Inquisition mas, desta vez, a receita foi melhorada com alguns suplementos sutis e práticos.
Os combates em Dragon Age: Inquisition são bastante agradáveis e eu realmente gostei de analisar o campo de batalha antes de iniciar meus seguidores na batalha.
Graças à vista isométrica, Dragon Age: Inquisition fornece a capacidade de congelar o tempo para planejar seus ataques e os de seus companheiros com antecedência.
Ao pressionar um botão, a câmera sobe e é colocada acima do campo de batalha. Um controle deslizante permite dar ordens a seus companheiros de equipe.
Seja para defender uma posição ou para concentrar o ataque em um inimigo astuto, seus aliados vão obedecer o seu dedo e olhar.
Massacre para todos
Os combates de Dragon Age: Inquisition são muito táticos e os jogadores que souberem usar da melhor forma seu ambiente e os recursos de seus exércitos irão gostar.
Dragon Age: Inquisition torna possível mudar de personagem em tempo real e variar alternando entre diferentes estilos de ataques, magias e técnicas de combate.
Durante a sessão de teste, pude assumir o controle de um mago, um assassino e um guerreiro, com três ataques diametralmente diferentes.
Se o mago podia desencadear elementos sobre os seus inimigos, o assassino tinha a oportunidade de se tornar invisível e esfaquear seus alvos com o punhal. O guerreiro se caracteriza pela sua força e valentia em combates corpo a corpo.
Fácil demais?
Em poucos segundos, Dragon Age: Inquisition me permitiu desenvolver estratégias básicas mandando um personagem multiplicar os ataques à distância com uma arma de arremesso, enquanto eu encarregava outro personagem para atrair a atenção dos inimigos mais perigosos.
Pequeno problema: é impossível planejar uma sequência de ações no tempo! O modo tático significa tentar compensar esta falha, permitindo acelerar o tempo para adaptar sua estratégia à evolução do conflito.
No entanto, eu teria preferido poder planejar uma série de ataques e deixar meus soldados executarem meu plano.
Outra reclamação: é possível modificar as magias e técnicas utilizadas pelos personagens nos menus, mas, por outro lado, é impossível alterar sua predisposição tática para dar prioridade ao ataque ou defesa. Muito ruim.
Para piorar a situação, os inimigos que encontrei durante os testes não me deram muitos problemas e, francamente, poderia muito bem me contentar de jogar ao vivo.
Fora dos calabouços a localização dos personagens não importa. Em áreas abertas, as lutas rapidamente se tornam corridas e exigem muito pouco ou nenhum planejamento.
Adicionamos à lista de queixas a aparente simplicidade dos combates – afinal eles requerem apenas um botão – e uma inteligência artificial intermediária, e você tem um título que pode afastar os jogadores que procuram um desafio real.
Felizmente, os desenvolvedores prometeram o retorno do modo Nightmare, um modo de jogo com a dificuldade aumentada, projetado especialmente para jogadores que procuram desafios que façam valer o significado da palavra.
Liberdade aparente
Eu tenho que admitir que eu estava encantado com os gráficos e som ambiente na passagem de nível. Na missão que nos foi apresentada, tivemos que caminhar até um castelo em ruínas na chuva, através de um vasto pântano.
Infelizmente, o nível visitado me deu a impressão de um amplo corredor. Foi possível andar apenas com semi-liberdade, e não houve tempo para a exploração e tudo parecia um pouco longe do vasto mundo intervencionista prometido pelos desenvolvedores dos jogos.
Agradável aos olhos
Sem chegar à proeza visual de The Witcher 3, Dragon Age é muito belo e exibe decorações e modelos de personagens bem detalhados.
Estes últimos primam pela originalidade, distanciando-se dos clichês do heroic-fantasy. Um esforço que merece elogios. Pena que o título também mostra desordem quando as magias pirotécnicas se multiplicam na tela.
Um dragão adormecido?
Considerando tudo isso, eu temo que o Dragon Age: Inquisition erra ao tentar seduzir um alvo muito grande às custas dos fãs de RPG táticos. Só espero que o título não dilua muito seus aspectos mais hardcore, para oferecer uma experiência mais acessível ao público.
O Dragon Age: Inquisition vai sair para PC, PlayStation 4, Xbox One, PlayStation 3 e Xbox 360 no dia 18 de novembro de 2014.